Lendas de Orixás, Búzios, Cartas e Tarôt, Orações, Ebós e ensinamentos diversos.
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
domingo, 17 de novembro de 2013
Laguidibá
Algumas pessoas também conhece como Hunjegbe. Trata-se do colar conhecido como “a joia da nação”, pertencendo exclusivamente a Nação Jeje, embora, devido a mesclas outras nações às vezes fazem uso do mesmo. O Hunjeve é um colar pessoal, entregue ao vodúnsi quando completa seu ciclo de 7 anos, onde se tornará um Etemi (mais velho), embora alguns defendam que o Hunjeve deve ser entregue na iniciação. Quando a pessoa morre seu hunjeve é enterrado junto a ela depois que todos os preceitos forem realizados.
Vale ressaltar que o hunjeve é pessoal, sendo que não deve ser tocado muito menos usado por quem não seja seu dono. Para cada pessoa há um tamanho específico, assim como a quantidade de contas utilizadas, evidênciando a propriedade do colar. O Hunjeve é o simbolo da ligação vodun x vodunsi.
O Laguidibá é um outro colar também importante dentro da liturgia, confeccionado com chifre de búfalo, na cor preta, pertence aos voduns da família de Sakpata, embora vodúnsis de outras famílias também o usem, geralmente depois que ganham cargo.
Os fios de conta
Os fios de conta usados pelas vodúnsis, em geral trata-se de colares simples, com uma única “perna” com as contas nas cores correspondentes ao vodum. O colar do(a) zelador(a) pode ser mais trabalhado, porém nada que fuja ao tradicional.
Abaixo as cores das contas referentes aos principais Voduns do Jeje:
- Legba: Vermelho e transparente, podendo ser multicolorida;
- Ogun: Verde e vermelho, verde musgo ou azul turquesa;
- Agué: Verde e branco rajado ou verde e amarelo (alguns usam verde, amarelo e vermelho ou multicolorido);
- Odé: Verde ou azul turquesa;
- Azansú e demais voduns da família Sakpata: Roxo (ou bordô), preto e branco (varia segundo a escolha do vodun, notando-se uma maior presença do branco para Avimaje);
- Loko: Branco rajado de verde;
- Sogbo/Badé/Akarumbé: Branco leitoso e vermelho, bordô e branco ou terracota e branco;
- Oyá: vermelho, podendo ser também marron terracota;
- Kposu: Bordô e branco ou laranja rajado de preto;
- Averekete: Branca rajada de vermelho e azul, ou contas intercaladas nestas cores;
- Nanã: Lilás ou branca rajada de azul marinho;
- Aziri Tolá: Amarelo leitoso;
- Aziri Togbosi: Miçangas brancas ou pérolas, podendo ser branco rajado de azul claro;
- Yemanjá: Miçangas brancas ou transparentes e azul;
- Oxun: Amarelo ouro ou amarelo cristal;
- Gbèsén (Bessém): Amarelo cristal ou amarelo cristal e verde cristal;
- Frekwen (Kwenkwen): verde cristal podendo ser também a mesma de Bessém;
- Dan Jikún (Ojikún): vermelho cristal ou vermelho cristal e transparente;
- Ewá: vermelho e rosa;
- Lissá: Branco leitoso;
- Aido Wedo: cores do arco-íris intercaladas 1 conta de cada cor na sequência;
- Dangbalah Wedo: cores do arco-íris 3 contas de cada cor na sequência.
domingo, 10 de novembro de 2013
Vestir preto no culto aos Orixás
No candomblé dos anos 50, 60 e até 70, uma pessoa que chegava à porta de um candomblé vestida de preto, era sempre repudiada por aquela comunidade, e pedia-se para a pessoa se retirar. Quando a pessoa se negava a sair era entendido como uma afronta a Oxalá Pai de todas as cabeças por antecipação.
Vestir preto em uma saída de Iyawo é mesma coisa que dizer que o dono casa não sabe fazer o que esta fazendo.
Vestir preto em uma festa de 7 anos é a mesma coisa que dizer; não estou de acordo com esse titulo (oye).
Vestir preto em um funeral é desejar que aquela alma não tenha paz pela eternidade...
Vestir preto em um Ikomojade é desejar má sorte para criança
Vestir preto no dia a dia é afirmar-se intimo de Iyami Osorongá!
Vestir vermelho é dizer em alto e bom som! Não tenho medo das mães feiticeiras, por isso uso sua cor.
No itan de Bábà Ofuru, onde conta se que ele foi praguejado por Iyami, e é por isso que entre uma saia branca e outra é obrigado a usar um faixa preta de tecido. Para lembra-lo de sua vergonha!
Igual a Sango que usa um conta branca no pescoço para lembra-lo de um desrespeito a Oxalá!
Nos dias de hoje isso tudo esta sendo desrespeitado pelo mais novos, que acreditam estarem sendo desrespeitados pelos mais velhos.
7º. Itan:
Exú provocou a guerra entre
famílias. Um rei e sua família deixaram de prestar as homenagens devidas a Exú
e este não se deu por vencido. Haveriam de pagar bem caro pela ofensa. Exú
procurou a rainha que vivia enciumada porque o rei só se interessava pela esposa
mais nova. Disse-lhe que faria então um feitiço para que ela voltasse a ser a
preferida do marido. Deu a ela uma faca e disse que cortasse um fio de barba do
rei para fazer o tal trabalho. Então Exú, foi a casa do príncipe herdeiro e
disse que o pai queria vê-lo naquela noite. Que fosse ao palácio e levasse seus
guerreiros.
Exú foi ao rei e disse-lhe que tomasse cuidado, porque a rainha
planejava mata-lo naquela noite. O rei então se recolheu naquela noite, mas
ficou acordado esperando e viu então a rainha entrar no quarto e dele se
aproximar com a faca na mão, imaginou que ela pretendia mata-lo e
engalfinhou-se com a faca na mão numa luta feroz. O príncipe que chegava ao palácio com seus
homens ouviu o barulho, os gritos e correu a câmara real com os soldados e viu
o rei com a faca na mão. Faca que tirara da rainha na luta e pensou que o rei
ia matar a rainha, a sua mãe. Invadiu o quarto com os soldados. Seguiu-se
grande mortalidade. O preço fora pago e alto. Exú cantava, Exú dançava. Exú
estava vingado.
Ensinamento: Esse itan revela que nem tudo é o
que parece ser. Revela muitas vezes, que um cliente vai a mesa de jogo buscar
muitas vezes, uma vingança, vai buscar uma cobrança por ciúme, a cobrança por
negligência pessoal e muitas vezes não se dá a ele aquilo que ele foi buscar.
Convencer de que na realidade as coisas podem ser diferentes se forem vistas de
forma diferente e muitas vezes uma queimação, muitas vezes um feitiço, uma
magia, por mais negra que seja possa ser mudada por um ebó de paz, aonde os
conflitos são desfeitos, aonde os mal entendidos são esclarecidos, sem envolver
tragédia, sem envolver dor, sem envolver lágrimas, evitando que Exú cante, que
Exú dance, evitando vinganças de Exú.
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