sexta-feira, 20 de abril de 2012

Comida dos Orixás



A comida dos Orixás trazida para o Brasil, teve uma interligação com os portugueses, porque os africanos não tinham condição de oferecer certos quitutes que hoje em dia a culinária dos Orixás tem. Então, houve readaptações da comida portuguesa que através de preceitos e atos religiosos e essências, isso também passou a fazer parte da mesa do Orixá. A vinda dos africanos com a vinda da culinária dos deuses está relacionada aos portugueses também. Hoje em dia, a nossa culinária tem muita influência com a culinária portuguesa, o que vai diferenciar, o que vai dar o sagrado é a energia, é a reza, é a influência da nossa palavra.

Para se dar à comida ao Orixá e ele aceitar é preciso ter certos preparos, como por exemplo, o Omolucum de Oxum. Não podemos simplesmente abrir o saquinho do feijão e despejar diretamente na água para cozinhar, é preciso ter um preparo para isso. Tem que selecionar tem que haver o ato de catar grão por grão, separar o sujo do limpo. Aí começa uma preparação, uma relação com o Orixá. Já começa o preceito, o ritual. 

E aí aqueles grãos vão ficar de molho, pois é importante este ritual porque vai se preparando a energia já do pré-cozido que vai se tornar esse feijão. Não é besteira. Não pode se fazer de qualquer jeito. Aí sim, depois do molho, levar ao fogo para cozinhar bem, pois da mesma forma que gostamos de comida gostosa, com essência, com todos os temperos, para o Orixá tem que ser da mesma forma, pois vamos oferecer aos nossos deuses é preciso a preparação, o cuidado, pois existem vários tipos de azeite, vários tipos de tempero que também vai dar o certificado da comida.

É preciso então toda essa liturgia para que o Orixá possa receber a comida bem energizada. Aí sim, depois de tudo pronto, vem o ato de encantar, isso é muito importante, o ato de cantar, de orar, de falar, o ato da energização da comida do Orixá. As casas de santo estão relacionadas a essa coisa da comida, da mesa. A mesa é muito importante. Todas as reuniões, todas as relações da nossa vida estão relacionadas a uma mesa; é na mesa que se assina um contrato, é na mesa que se vai comer, é na mesa que se faz uma reunião e não podia deixar de acontecer da mesma forma com os Orixás. 

A mesa dos Orixás, ou seja, a comida, ninguém vive sem comer. Então, Orixá também precisa da comida, isso não quer dizer que o Orixá vai virar e vai mastigar, ou deixar a sua marca ali na comida, mas ele vai fazer a áurea desse alimento, a pureza, o tempero, o cheiro, ele vai exalar e ali sim está a relação dos seus pedidos com tudo o que está preparado, ou seja, o Orixá vai apurar essa energia que é emitida pelo alimento. 

É o intermediário, ou seja, o ato da áurea, do tempero, do cheiro, ele vai saber se aquilo que está sendo oferecido está certo ou errado, porque se você prepara uma comida que não é daquele orixá ou que é uma comida que está errada, na verdade o Orixá não vai comer, mas também aquilo não vai ser jogado fora, mas ele vai ser entregue a uma outra energia que poderá ser a energia de Exú, pois ele come de tudo.

Se em meio a todo esse procedimento o Orixá identifica alguma coisa errada, aquela comida ele vai recusar e vai virar contra axé. Virando contra-axé, alguém vai comer, quem vai comer poderá ser Exú, poderá ser egum, porque nada é jogado fora e aí os seus pedidos poderão se voltar contra você mesma de uma maneira até agressiva. Por isso é necessário que se conduza certos preparos, certos alimentos corretamente para que possamos obter tudo aquilo que desejamos.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Maria Padilha





Senhora Maria Padilha com seus sete punhais, corte do meu caminho todo o tipo de ações maléficas, que meus inimigos sejam eles visíveis ou invisíveis não tenham o poder de me fazer mau.



De seus pensamentos não sairão nenhum tipo de agressão com qualquer arma que seja, porque Maria Padilha é minha defensora e agora eu rogo que vá ao inferno, na calunga, na estrada, na porta das igrejas, nas porteiras dos terreiros, nos botequins, dá uma girada e descobre pra mim se alguém me deseja mau, que a senhora gire e retorne o mau pra cina de quem mandou.



Corte com a sua espada de prata, a inveja, queimação, calúnias e feitiçarias. Se meu inimigo estiver em pé, ponha ele ajoelhado nos poderes de Maria Padilha e se continuar a me perseguir sofrerá sete mil agulhadas no coração e não terá forças e nem poder para me fazer o mau.



Salve Maria Padilha de todos os portais.



Salve Maria Padilha Rainha de Lúcifer.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

O Candomblé no Brasil




Podemos afirmar que a cultura do candomblé no Brasil, nasceu nas senzalas, com a junção de povos(africanos) com seus costumes e orixás. Provenientes de milhões de negros de diversos países e cidades africanas, trazidos (arrancados) de seus lares, de suas famílias e de seus pais e filhos; para trabalharem nas plantações de cana e café das cidades baianas, cariocas, pernambucanas, cearenses e paulistanas. E, posteriormente, nos exércitos e fazendas de fronteiras do Rio Grande do Sul.

Graças aos conquistadores portugueses, franceses, ingleses e de padres e bispos da época; (que legaram aos brancos poder de matar os negros e índios, afirmando que os negros eram sub-humanos, e portanto, não haveria pecado.) Milhões de negros foram massacrados nas colônias e em navios negreiros.

Porém, ironicamente podemos afirmar que: se não fosse essa catástrofe ou atrocidade animalesca; provocadas por animais considerados humanos, contra humanos considerados animais; hoje o Brasil não teria o prazer de conhecer esta maravilhosa cultura, sem mencionar nos Orixás e seus axés.

Ao contrário que muitos acreditam, na áfrica não existia somente tribos de índios semi-culturados. Lá existia e ainda existem, reinos com suas hierarquias (reis, rainhas, sacerdotes, príncipes, generais, exércitos, etc.); assim como, havia uma cultura avançada relacionada a religião e comércio em todo continente, inclusive possuindo muitas heranças culturais egípcias, gregas e persas. 

No continente africano, muitos reinos com suas ricas e milenares cidades, foram extintos graças às influências e dominações cristãs e mulçumanas. Aniquilando o resto da cultura existente nos países enfraquecidos pela escravidão, tornando-os órfãos de orixás.

É fácil de se verificar que em muitas regiões africanas o povo carece de energia (axé).

Assim: Sem Oxum (água); sem Ogum (trabalho/ferramentas); sem Xangô (justiça); sem Oxalá (paz); sem Iemanjá (estudo/psicologia); sem Nanã (origem,família); sem Odé/Oxóssi (comida/caça); sem Ossain (remédio); etc. 

É bom saber, que ainda existe cultura na áfrica, mesmo que seja em poucas regiões.lá ainda existem reinos, príncipes, rios e orixás... Onde possamos levar e trazer fundamentos, realizando a tão sonhada e difundida união entre continentes; pregada, catalogada e amplamente difundida por autores como: Pierre verger e tantos outros.

Quanto a escravidão...
Em várias senzalas brasileiras, foram aglomerados negros de diversas raízes, que uniram-se culturalmente; trocando, dividindo fundamentos de cultuação e prática religiosa.
Também por esses motivos, os negros escravos eram muito temidos. Eles arquitetavam facilmente, planos de fuga, de defesa e até mesmo de guerrilhas. 
"assim nascera: a capoeira, o zumbi dos palmares, o candomblé, etc."

Como ocorreu ...


Sabendo-se que: era costume em muitas cortes e tribos africanas, escravizarem os presos de guerra (principalmente os guerreiros), ao mesmo tempo que não haviam exércitos europeus capazes de vencer uma guerra ou confronto direto com povos africanos (os mesmos possuíam também táticas avançadas de guerra). Os portugueses uniam-se a reis africanos, oferecendo armas e títulos da nobreza européia em troca dos prisioneiros de guerra. Desencadeando um grande conflito inter-continental, apenas levantando calúnias e difamações entre os povos vizinhos.


Após anos de guerras e conflitos, muitos reinos enfraqueceram seus sistemas de defesa, e muitos soldados já estavam trabalhando nas colônias como escravos. Os portugueses deram o golpe final invadindo e conquistando os reinos dos próprios aliados enfraquecidos. Arrastando para as senzalas também as mulheres, crianças e nobres das cortes.


Assim prosseguiu a barbárie tarefa européia de comércio humano. Até o final da segunda guerra mundial. Onde ainda existia nas colônias africanas do império britânico, trabalho escravo e apartheid, em pleno século "XX".
Na própria terra dos orixás a pobreza e as doenças, assistidas e divulgadas em meios de comunicação, como ex: em Angola (ex-colônia portuguesa); tiveram como principal foco inicializador, a extinção da cultura dos povos por seus opressores. Onde muitos habitantes, não reconhecem mais seus antepassados. Perdendo o elo com seus orixás.


Porém, assim como ocorreu na escravidão no Brasil, sabemos que na África, existem bravos sobreviventes, que lutam para que seus países resgatem sua cultura e prestígio.


E torçamos para que a cultura dos orixás permaneçam vivas e fortes em muitos corações e povos, sobrevivendo inclusive de ataques das religiões que se dizem únicos donos da "palavra de Deus"; Induzindo inclusive a separação de negros e brancos como nos EUA, por exemplo: onde o negro abdicou totalmente de sua cultura ancestral, absorvendo a religião e os costumes(cultura) dos brancos, onde pregam em suas liturgias a paz e o amor, assim como a igualdade entre os homens. Mas mesmo assim, foram humilhados e separados dos demais brancos. Onde reza um negro, não reza um branco, e cada qual possui sua igreja de mesmo Deus, (para brancos e negros), perdendo assim sua identidade , seu orgulho, sua cultura. 

E aqui no Brasil, quando não mais houver crianças chorando com fome, e pessoas somente criticando os atos das pessoas de boa vontade ao invés de contribuir ou ajudar. Certamente este país mais fértil, mais cultural e com o povo mais nobre e humano do mundo. Terá certamente lugar de destaque, respeito e reconhecimento em todo o planeta.

Hoje conhecemos a religião africana no continente americano como:
-candomblé, batuque, xangô, santeria, vodoo e outras)
Em cada grupo, juntaram-se culturas, associadas ao maior ou menor número de pessoas originárias da mesma raiz (nagô, ketu, angola, oyo, jêje, ijexá, etc) 

Em muitos reinos/cidades, cultuava-se diferentes Orixás em cada raiz(família). Como em muitos locais, eles conheciam orixás por diferentes nomes. Ex: Obaluaiê e Omulu em ketu(nagô); Xapanã e Sapatá em jêje. (que são os mesmos orixás). E que em muitas nações foram associados a outros orixás, tornando-se qualidades. 

Seus fundadores ou reis, eram cultuados especificamente em suas próprias cidades conquistadas ou fundadas. Ex: Xangô em Oyó, Logun-edé em Efon, Oxóssi em ketu, etc. Sendo até hoje reverenciados, servindo de pilar na identificação da origem de cada casa de candomblé existente no Brasil.

Também em várias regiões da África, existem ainda sacerdotes e obás(reis) supremos de determinados Orixás, sendo os mesmos detentores únicos de todos os segredos e fundamentos a um ou dois orixás específicos.

Em muitas nações, os mesmos orixás, ou possuem cultos únicos e diretos, ou tornaram-se qualidades de orixás primários. Ex: no Oyó (batuque), Otin é um orixá feminino que se cultua junto a Odé. Em outras nações de candomblé, a mesma é uma qualidade de Oxossi/Odé. Assim como ibeji, etc.

Infelizmente, muitos outros Orixás não são mais cultuados, pois perderam-se os fundamentos dos mesmos, porém ainda existem na natureza, e seus axés (energias) ainda reinam no universo.

Devido as diferenças litúrgicas e culturais existentes entre nações africanas de raízes, jêje, angola, ketu etc. Sempre ocorreu uma certa desunião entre as mesmas.

Umas das principais missões nesta obra, é a de promover a união da religião africana no Brasil.

Não nos referimos a uma união litúrgica (modo de cultuação e prática), pois sabemos que é devido aos costumes de nossos antepassados, que desde a antiguidade, cultuavam orixás diferentes em cada nação religiosa. Mas sim, numa união cultural.

Portanto, não devemos nos atenuar em diferentes nomes de qualidades designadas a orixás, exús e até mesmo certas diferenças ligadas a maneiras de tocar um candomblé/batuque/xangô, etc.
Devemos sim buscar maneiras de interagir nossos conhecimentos e cultura em prol de uma união mais sólida, respeitável e influente.


São muito contraditórias as publicações referentes a verdadeira origem da religião dos orixás na áfrica.

Alguns historiadores, associam Odudua o "conquistador". Com Nimrod; também citam a semelhança de nosso método de consulta a Ifá (oráculo), com a Kaballah judaica; Dan a serpente telúrica representando a eternidade, com a Dan serpente referente a umas das doze tribos de Israel e outras. Ou seja, muitos historiadores afirmam que os iorubás possuem descendência judaica.

Outros defendem somente a tese que: os orixás são antepassados divinizados de antigos reis africanos, assim como generais e sacerdotes; que tiveram suas façanhas eternizadas nas histórias dos antigos. Lendas repassadas de geração em geração aos descendentes dos reinos e tribos africanas.

Em suas pesquisas, constataram a presença de influencias egípcias e fenícias na cultura iorubana. Verger mostrou em suas obras, que nossa origem é remota a muitas outras conhecidas, como gregas e romanas. Pois temos orixás em nosso culto que são anteriores a conquista e conhecimento do metal, como Nanã.


Verger também tratou de mostrar a semelhança existente entre nossos deuses e deuses gregos, como por exemplo: Zeus: deus grego do trovão e dos raios, tem como símbolo um machado duplo. 


Xangô: deus iorubá dos raios e trovões, tem como símbolo um oxé (machado de duas lâminas). Certamente em meio a tanto estudos, podemos afirmar que em um vasto continente como o africano, é certo que todas as teses são corretas. 

E que aos poucos, todas estas origens regionais, fundiram-se formando uma cultura sólida e única, que conhecemos hoje como a cultura dos orixás; verificadas em todos os povos (iorubanos, angolanos, jêjes, etc.), com seu xangô, odudua, obatalá e demais reis, guerreiros e sacerdotes. Eternizados e unidos com as energias da natureza (florestas, animais, rios, oceanos, etc.) Onde em nossos ylés são louvados e suas histórias narradas a nossos iniciados, afim de servir de exemplo de conduta e fé, associada a natureza e bem estar da sociedade.

Tal como em livros milenares, editados como por exemplo: a arte da guerra do general chinês "sun tzu" vendido no mundo todo. Narrando suas condutas e táticas de batalhas, transformadas em auto-ajuda, associada a negócios e condutas para os dias atuais.

Nós também ensinamos a nossos seguidores, as histórias de nossos reis (Xangô) de nossos generais milenares (Ogum), etc. Com suas táticas, seus erros, suas virtudes e glórias; afim que possam ter como princípio de vida, o equilíbrio associado a normas e condutas culturais de nossos antepassados.

E com simbologias e danças em louvor a nossos antigos mestres saudamos nossos orixás e antepassados, que em energia nos lega seu axé.


Sincretismo



Nos referimos a sincretismo, quando são associadas duas religiões em um único culto, com suas simbologias e doutrinas mescladas.
No caso do candomblé/batuque, foram associados imagens de santos católicos a nossos orixás. O que existe uma explicação inconteste e única para tal associação.

O sincretismo religioso, nasceu também nas senzalas. Hoje há uma grande diferença de sincretismo de orixás nas nações de candomblé.
Na Bahia, Ogum é sincretizado por São Sebastião, no Rio Grande do Sul por São Jorge, e assim por diante.


Na época quando ouve a troca de cultura entre os habitantes das senzalas, os negros continuaram a cultuar seus orixás, mesmo após os brancos com sua santa inquisição católica, obrigarem os negros a converterem-se ao cristianismo e trocarem seus nomes originais, por nomes portugueses.

Quando os negros dançavam para seus orixás, eles colocavam sobre o "assentamento", estátuas de santos católicos para enganar os inquisidores.
Como eles cantavam aos seus orixás em seu dialeto primitivo, os padres e fazendeiros, tinham a ilusão que os escravos louvavam os santos católicos na linguagem iorubá. Mas na verdade, estavam usando as imagens destes santos para esconder em seu interior, suas obrigações e verdadeiras simbologias dos orixás.

Certamente, os negros assimilaram muito bem os ensinamentos dos senhores brancos, utilizavam as imagens católicas comparando-as aos orixás por aparência ou feitos. Como exemplo: Oxalá com Jesus, Oxum e Iemanjá com as aparições da Virgem Maria, Oyá/Iansã com Santa Bárbara e assim por diante.


Mas é bom lembrar: os negros só usavam as imagens católicas no propósito de esconder suas obrigações, em hipótese alguma, os negros cultuavam os santos católicos como orixás.


A palavra candomblé é sinônimo de religião africana. Sempre foi e é usada ainda neste sentido. Isto explica muitas coisas. Vejamos. O negro foi arrancado de sua terra e vendido como uma mercadoria, escravizado. Aqui ele chegou escravo, objeto; de sua terra ele partiu livre, homem. Na viagem, no tráfico, ele perdeu personalidade, representatividade, mas sua cultura, sua história, suas paisagens, suas vivências vieram com ele. Estas sementes, estes conhecimentos encontraram um solo, uma terra parecida com a África, embora estranhamente povoada. O medo se impunha, mas a fé, a crença - o que se sabia - exigia ser expresso. Surgiram os cultos (Onilé - confundidos mais tarde com o culto do Caboclo, uma das primeiras versões do sincretismo), surgiu a raiva e a necessidade de ser livre. Apareceram os feitiços (ebós), os quilombos.


Os trezentos anos da história da escravidão do negro no Brasil, atestam acima de tudo, a resistência, a organização dos negros. A cultura africana sobreviveu para o negro através de sua crença, de sua religião. O que se acredita, se deseja, é mais forte do que o que se vive, sempre que há uma situação limite. A religião, sua organização em terreiros (roças), foi como muito já se escreveu, a resistência negra. Resistiu-se por haver organização. A organização consigo mesmo. Cada negro tinha, ou sabia que seu avô teve, um farol, um guia, um orixá protetor.


No meio dos objetos traficados (os escravos) haviam jóias raras: Babalorixás e Ialorixás. Estes sacerdotes, inteiros nas suas crenças, criaram a África no Brasil. Esta mágica, esta organização reestruturante só é possível de ser entendida se pensarmos no que é a iniciação , todo processo que implica e estabelece. A cana de açúcar do Senhor de Engenho era plantada por Iaôs recém saídos das camarinhas, dos roncós.


A força se espalhou, o axé cresceu e apareceu na sociedade sob a forma dos terreiros de candomblé (religião de negros yorubá como é definido no Dicionário de Aurélio Buarque). Era coisa de negros, portanto escusa, ignorante, desprezível e rapidamente traduzida como coisa ruim, coisa do diabo, bem e mal, certo e errado, branco e preto. Antagonismos opressores, sem possibilidades alternativas. O negro resolveu tentar agir como se fora branco, para ser aceito. 


Ele dizia: 
- meu Senhor, a gente tá tocando para Senhor do Bonfim, seu Santo, nhô! 
Não é para Oxalá, quer dizer, 
Oxalá é o Pai Nosso, é o mesmo que Senhor do Bonfim. 

Sincretismo. Forma de resistência que criou grande ônus, severas cicatrizes desfiguradoras. O processo social, a dinâmica é implacável. A imobilidade não se mantém. O filho do africano já dizia que não confiava em negro brasileiro (o sìgìdì, por exemplo, um encantamento de invisibilidade e criação de elemental, não foi ensinado). Muito se perdeu, a terra africana reduziu-se a pequenos torrões, o candomblé era eficaz; o Senhor procurava a negra velha para fazer um feitiço, para que lhe desse um banho de folha, lhe desse um patuá. Proliferação de terreiros. Massificação, turismo, folclore.


Mas os grandes iniciados, iguais àqueles criadores da terra africana no Brasil, ainda existem. Em 1983, diziam: "Iansã não é Santa Bárbara", e explicava. Mostrou que candomblé não era uma seita, era uma religião independente do catolicismo. A terra tremeu; algumas pessoas falavam: "- sempre fomos à missa, sempre a última benção, depois da iniciação, era na Igreja, fazemos missa de corpo presente quando alguém morre, não pode mudar isso". Era a tradição alienada versus a revolução coerente, era a quebra do último grilhão. 

A represa foi quebrada e as águas fertilizaram os campos quase estéreis da sobrevivência. O negro é livre. Veio da África, tem uma história, tem uma religião igual à qualquer outra e ainda, não é politeísta, é monoteísta: acima de todos os Orixás está Olorum. Nina Rodrigues conta que uma vez perguntou a um Babalorixá porque ele não recebia Olorum, já que este existia. Ouvindo a seguinte resposta: "- Meu Doutor, se eu recebesse, eu explodia".


Agora um novo limite, uma nova configuração se instala. Neste fim de século com a corrosão das instituições religiosas tradicionais, com o surgimento de novas religiões, com as doutrinas esotéricas alternativas, o candomblé, agora considerado religião, é visto também como uma agência eficiente: resolve problemas, cura doenças, acalma as cabeças. Os brancos querem ser negros, já não se ouve "o negro de alma branca", agora o privilégio é ser um branco de alma negra, ter ancestralidade, "ter enredo, história com o Santo". Mais do que nunca as Iyalorixás e Babalorixás se questionam. 

As armadilhas, os "caça-fugitivos" estão instalados. São os congressos, a TV - é a mídia - os livros, a 'web', em certo sentido. Tudo isto é transformado, por nós, em pinças para separar o joio do trigo, por isso estamos aqui. Dizendo o que somos, damos condição para que se perceba o que está posto e se entenda o suposto, o oposto e o aposto. Diferenciação é conhecimento, candomblé é religião, não é seita.


As Iyalorixás organizam as cabeças. O processo de organização do ori é awo (segredo). O candomblé é uma religião que trabalha com o segredo, o lado mudo do ser, o que a Olorum pertence. O candomblé organiza o fragmentado, abrindo canais de expressão para o ser humano. 


Hoje, quando se fala em "candomblé", o que se tem em mente é um tipo específico de religião formada na Bahia, denominado candomblé "queto" ou "Ketu", que atualmente pode ser encontrado em praticamente todo o País. Mas o termo candomblé designa muitas variedades religiosas, como veremos adiante.


"O CANDOMBLÉ: SUAS NAÇÕES E VARIANTES"


• NAÇÃO KETÚ
• NAÇÃO ANGOLA
• NAÇÃO JEJÊ
• HISTÓRICO


O candomblé e demais religiões afro-brasileiras tradicionais formaram-se em diferentes áreas do Brasil com diferentes ritos e nomes locais derivados de tradições africanas diversas: candomblé na Bahia, Xangô em Pernambuco e Alagoas, tambor de mina no Maranhão e Pará, batuque no Rio Grande do Sul e macumba no Rio de Janeiro.

A organização das religiões negras no Brasil deu-se bastante recentemente, no curso do século XIX. Uma vez que as últimas levas de africanos trazidos para o Novo Mundo durante o período final da escravidão (últimas décadas do século XIX) foram fixadas sobretudo nas cidades e em ocupações urbanas, os africanos desse período puderam viver no Brasil em maior contato uns com os outros, físico e socialmente, com maior mobilidade e, de certo modo, liberdade de movimentos, num processo de interação que não conheceram antes. Este fato propiciou condições sociais favoráveis para a sobrevivência de algumas religiões africanas, com a formação de grupos de culto organizados.


Até o final do século passado, tais religiões estavam consolidadas, mas continuavam a ser religiões étnicas dos grupos negros descendentes dos escravos. No início deste século, no Rio de janeiro, o contato do candomblé com o espiritismo kardecista trazido da França no final do século propiciou o surgimento de uma outra religião afro-brasileira: a umbanda, que tem sido reiteradamente identificada como sendo a religião brasileira por excelência, pois, nascida no Brasil, ela resulta do encontro de tradições africanas, espíritas e católicas. 

Desde o início as religiões afro-brasileiras formaram-se em sincretismo com o catolicismo, e em grau menor com religiões indígenas. O culto católico aos santos, numa dimensão popular politeísta, ajustou-se como uma luva ao culto dos panteões africanos. A partir de 1930, a Umbanda espraiou-se por todas a regiões do País, sem limites de classe, raça, cor, de modo que todo o País passou a conhecer, pelo menos de nome, divindades como Iemanjá, Ogum, Oxalá etc.

O candomblé, que até 20 ou 30 anos atrás era religião confinada sobretudo na Bahia e Pernambuco e outros locais em que se formara, caracterizando-se ainda uma religião exclusiva dos grupos negros descendentes de escravos, começou a mudar nos anos 60 e a partir de então a se espalhar por todos os lugares, como acontecera antes com a Umbanda, oferecendo-se então como religião também voltada para segmentos da população de origem não-africana. Assim o candomblé deixou de ser uma religião exclusiva do segmento negro, passando a ser uma religião para todos. Neste período a umbanda já começara a se propagar também para fora do Brasil.

Durante os anos 1960, com a larga migração do Nordeste em busca das grandes cidades industrializadas no Sudeste, o candomblé começou a penetrar o bem estabelecido território da umbanda, e velhos umbandistas começaram e se iniciar no candomblé, muitos deles abandonando os ritos da umbanda para se estabelecer como pais e mães-de-santo das modalidades mais tradicionais de culto aos orixás. Neste movimento, a umbanda é remetida de novo ao candomblé, sua velha e "verdadeira" raiz original, considerada pelos novos seguidores como sendo mais misteriosa, mais forte, mais poderosa que sua moderna e embranquecida descendente, a umbanda.

Nesse período da história brasileira, as velhas tradições até então preservadas na Bahia e outros pontos do País encontraram excelentes condições econômicas para se reproduzirem e se multiplicarem mais ao sul; o alto custo dos ritos deixou de ser um constrangimento que as pudesse conter. E mais, nesse período, importantes movimentos de classe média buscavam por aquilo que poderia ser tomado como as raízes originais da cultura brasileira. Intelectuais, poetas, estudantes, escritores e artistas participaram desta empreitada, que tantas vezes foi bater à porta das velhas casas de candomblé da Bahia. Ir a Salvador para se ter o destino lido nos búzios pelas mães-de-santo tornou-se um must para muitos, uma necessidade que preenchia o vazio aberto por um estilo de vida moderno e secularizado tão enfaticamente constituído com as mudanças sociais que demarcavam o jeito de viver nas cidades industrializadas do Sudeste, estilo de vida já, quem sabe?, eivado de tantas desilusões.

O candomblé encontrou condições sociais, econômicas e culturais muito favoráveis para o seu renascimento num novo território, em que a presença de instituições de origem negra até então pouco contavam. Nos novos terreiros de orixás que foram se criando então, entretanto, podiam ser encontrados pobres de todas as origens étnicas e raciais. Eles se interessaram pelo candomblé. E os terreiros cresceram às centenas.

O termo candomblé designe vários ritos com diferentes ênfases culturais, aos quais os seguidores dão o nome de "nações" (Lima, 1984). Basicamente, as culturas africanas que foram as principais fontes culturais para as atuais "nações" de candomblé vieram da área cultural banto (onde hoje estão os países da Angola, Congo, Gabão, Zaire e Moçambique) e da região sudanesa do Golfo da Guiné, que contribuiu com os iorubás e os ewê-fons, circunscritos principalmente aos atuais território da Nigéria e Benin. Mas estas origens na verdade se interpenetram tanto no Brasil como na origem africana. inicio 

Na chamada "nação" queto, na Bahia, predominam os orixás e ritos de iniciação de origem iorubá. Quando se fala em candomblé, geralmente a referência é o candomblé queto e seus antigos terreiros são os mais conhecidos: a Casa Branca do Engenho Velho e duas casas derivadas da Casa Branca, o Axé Opô Afonjá e o Gantois; além do candomblé do Alaketu. 

O candomblé queto tem tido grande influência sobre outras "nações", que têm incorporado muitas de suas prática rituais. Sua língua ritual deriva do iorubá, mas o significado das palavras e a sintaxe em grande parte se perderam através do tempo. Além do queto, as seguintes "nações" também são do tronco iorubá (ou nagô, como os povos iorubanos são também denominados): efã e ijexá na Bahia, nagô ou eba em Pernambuco, oió-ijexá ou batuque de nação no Rio Grande do Sul, mina-nagô no Maranhão, e a quase extinta "nação" xambá de Alagoas e Pernambuco.

Mais recentemente, quando o candomblé (de origem baiana, nação queto) já se encontrava espalhado por todos os grandes centros urbanos, tendo já, inclusive, iniciado sua propagação por países do Cone Sul e também da Europa, iniciou-se um movimento de recuperação de raízes africanas conhecido como "africanização", que rejeita o sincretismo católico, procura reaprender o iorubá como língua original e tenta reintroduzir ritos que se perderam ao longo do tempo e redescobrir os mitos esquecidos dos orixás.


A "nação" angola, de origem banto, adotou o panteão dos orixás iorubás (embora os chame pelos nomes de seus esquecidos inquices, divindades bantos, assim como incorporou muitas das práticas iniciáticas da nação queto. Sua linguagem ritual, também intraduzível, originou-se predominantemente das línguas quimbundo e quicongo. Nesta "nação", tem fundamental importância o culto dos caboclos, que são espíritos de índios, considerados pelos antigos africanos como sendo os verdadeiros ancestrais brasileiros, portanto os que são dignos de culto no novo território a que foram confinados pela escravidão. O candomblé de caboclo é uma modalidade da nação angola, centrado no culto exclusivo dos antepassados indígenas. Foram provavelmente o candomblé angola e o de caboclo que deram origem à umbanda. Há outras nações menores de origem banto, como a congo e a cambinda, hoje quase inteiramente absorvidas pela nação angola.




A nação jeje-mahin, do estado da Bahia, e a jeje-mina, do Maranhão, derivaram suas tradições e língua ritual do ewê-fon, ou jejes, como já eram chamados pelos nagôs, e suas divindades centrais são os voduns. As tradições rituais jejes As tradições rituais jejes foram muito importantes na formação dos candomblés com predominância iorubá.


A palavra JEJE vem do yorubá adjeje que significa estrangeiro, forasteiro. Portanto, não existe e nunca existiu nenhuma nação Jeje, em termos políticos. O que é chamado de nação Jeje é o candomblé formado pelos povos fons vindo da região de Dahomé e pelos povos mahins. Jeje era o nome dado de forma perjurativa pelos yorubás para as pessoas que habitavam o leste, porque os mahins eram uma tribo do lado leste e Saluvá ou Savalu eram povos do lado sul. O termo Saluvá ou Savalu, na verdade, vem de "Savê" que era o lugar onde se cultuava Nanã. Nanã, uma das origens das quais seria Bariba, uma antiga dinastia originária de um filho de Oduduá, que é o fundador de Savê (tendo neste caso a ver com os povos fons). O Abomei ficava no oeste, enquanto Axantis era a tribo do norte. Todas essas tribos eram de povos Jeje.




Há sacerdotes africanos que vêm ao Brasil aprender sobre a sua própria religião. Este é um fenômeno extraordinário de sobrevivência cultural e de desenvolvimento de tradições massacradas pelo tráfico de escravos. Iorubas, daomeanos, os fanti-ashanti, os bantos, contribuíram de diversas maneiras para a religiosidade afro-brasileira, introduzindo variantes rituais. A corrente Jejê-Nagô, no entanto, constituiu-se como a principal referência estruturante a partir do século XIX. Fenômeno semelhante ocorreu no Caribe, com o Voudou no Haiti ou a Santeria em Cuba. Religiosos destas três regiões - litoral do Brasil, Caribe, África Oriental - constituem um circuito de práticas sagradas comuns que ainda hão de desenvolver as suas relações.


A vitalidade das tradições afro no Brasil evidencia-se por um modo particular de expansão. Não se restringiu à afirmação dos limites de uma identidade étnica. A simbologia negra e a memória africana são fortemente reiteradas, com certeza, e oferecem uma fonte perene de elementos animadores dos movimentos negros. O negro não é, para os fiéis, no entanto, a cor identificadora da essência de sua religião. Oxum é do amarelo ouro, Oxossi do verde das matas, Yemanjá do azul-marinho, Xangô do vermelho e branco, e assim por diante, pelas cores do arco-íris. A ênfase ritual não é posta na história da destribalização, do tráfico, da tremenda travessia oceânica ou da violência desagregadora nos trabalhos escravos. 


Os ritos e mitos do Candomblé pouco falam de história. Valorizada, sim, é a presença dos orixás nos espaços sagrados, assim como sua influência nas cabeças e no comportamento das pessoas. O Candomblé dramatiza relações de uma dimensão cósmica, que se passam no tempo mítico, compreensivo da vida como a conhecemos. Esta abertura mítica, combinada à dinâmica sincrética do catolicismo no Brasil, levou a que as verdades do Candomblé fossem percebidas como tais e eventualmente apreciadas por um vasto contingente de brasileiros, fossem eles negros, mulatos ou brancos. O Candomblé sempre foi condenado pela Igreja, mas o ministério clerical nunca teve grande penetração entre a massa dos fiéis. Foi perseguido pelo Estado e com violência ainda no período getulista, mas os policiais que invadiam os terreiros eram, eles próprios, com freqüência, temerosos frequentadores dos mesmos. A perseguição diminuiu a partir dos anos 50, dando mais liberdade para a multiplicação das casas de culto e para a sua frequentação. Movimentos culturais passaram a enobrecê-lo na literatura, na música, no cinema ou na TV, emprestando-lhe um brilho que é atraente até mesmo para as elites.


Sua influência sobre a Umbanda, movimento novo e expansionista, levou os orixás a serem cultuados em círculos mais amplos, inclusive de classe média. Um levantamento dos anos 80 registrou cerca de 16 mil centros de Umbanda no Rio Grande do Sul, por exemplo, a maioria deles liderada por descendentes dos alemães, italianos, poloneses e de outros imigrantes europeus. Há devotos dos orixás entre japoneses e judeus no Brasil. Casas de Candomblé e Centros de Umbanda proliferam na Argentina por influência brasileira.


A sofisticação estética dos ritos do Candomblé contribui, sem dúvida, para a atração que exerce nas pessoas em geral e, particularmente, nos meios artísticos. As cerimônias abertas de cada casa de culto têm a característica de uma "festa". As divindades que nelas se manifestam não vêm para pregar ou distribuir conselhos. Vêm expressar a sua energia vital, dançando. Fazem isto de modo solene, seguindo uma estrita lógica ritual, comandada pelo som dos atabaques e dos cantos. Vestem-se com pompa e produzem um gestual codificado, identificador de cada orixá. As festas terminam, invariavelmente, com um jantar aberto ao público, feito de comidas sagradas, relativas ao evento da noite.


As Casas de Candomblé desenvolvem uma intensa e constante atividade de manutenção das relações entre o sagrado e o profano. O espaço é cuidadosamente subdividido, com o barracão para as festas públicas, a camarinha, para os iniciados, o peji, de acesso restrito e onde ficam os objetos sagrados, as casas de cada orixá, de frequentação especificada, as plantas sagradas, a sala de recepção para os fiéis etc., compondo uma arquitetura tão complexa quanto a hierarquia do culto.


As obrigações para cada orixá, as iniciações, o atendimento individualizado do público, as adivinhações, a leitura dos búzios, uma variedade de ritos particulares, a difícil harmonização dos distintos poderes que constituem uma Casa de Candomblé, o relacionamento com a sociedade exterior, tudo isto deve ser cuidado no detalhe, segundo uma estética ritual meticulosa. A autoridade de uma Ialorixá (mãe de santo) ou de um Babalorixá (pai de santo) está vinculada, justamente, ao seu domínio sobre todas estas matérias. O conhecimento sobre como fazer, as justificativas para cada gesto nas tradições, compõem o vasto acervo simbólico personalizado na figura da mãe ou do pai de santo.



Na realidade, O candomblé é uma religião que teve origem na cidade de Ifé, na África, e foi trazida para o Brasil pelos negros iorubás. Seus deuses são os Orixás, dos quais somente 16 são cultuados no nosso país. Essú, Ògún, Osossi, Osanyin, Obalúayé, Òsùmàré, Nàná Buruku, Sàngó, Oya, Obá, Ewa, Osun, Yemanjá, LogunEde, Oságuian e Osàlufan.




O Pai ou a Mãe de Santo é a autoridade máxima dentro do candomblé. Eles são escolhidos pelos próprios Orixás para que os cultuem na terra. Os Orixás os induzem a isto, fazem com que as pessoas por eles escolhidas sejam naturalmente levadas à religião, até que assumem o cargo para o qual estão destinadas. Uma pessoa não pode optar se quer ou não ser um Pai ou Mãe de Santo se não acontecer durante sua vida fatos que a levem a isto. 
São pessoas que de alguma forma são iluminadas pelos Orixás para que cumpram seu destino.

Os Pais de Santo, normalmente, são donos de uma roça, ou seja, um lugar onde estão plantados todos os axés e no qual os Orixás são cultuados. Dentro da roça existe o barracão (assim denominado por causa dos negros que antigamente moravam em barracões), que é o lugar em que são feitos os grandes assentamentos (oferendas) para os deuses.


Hierarquicamente, existe, ainda, na roça um pai pequeno ou mãe pequena, que é o braço direito do Pai de Santo e é normalmente um filho ou filha da casa. Depois vem as Ekedes, são mulheres também escolhidas pelos Orixás para cuidar deles e ajudá-los. Embora sejam consideradas autoridades dentro da roça, não podem ser Mães de Santo, visto que sua função já foi determinada e não há como mudar.


A seguir vem os Ogans, que tocam os atabaques e ajudam o Pai de Santo nos fundamentos da casa; a Ya Bace, que toma conta da cozinha, isto é, de todas as comidas dos Santos; a Ya Efun, dona do efun (pemba), e que está encarregada de pintar os Yaôs (iniciantes que estão recolhidos para fazer o Orixá); e finalmente os filhos de Santos, que são as pessoas que "rasparam o Santo", ou melhor, rasoaram a cabeça para um Santo a pedido deste.

Às vezes o Santo, ou Orixá, incorpora em determinadas pessoas, mas não há necessidade que haja esta "incorporação"para que uma pessoa raspe o Santo. Se a pessoa deve ou não raspar o Santo só pode se sabido com certeza através do jogo de búzios do Pai ou Mãe de Santo que, diga-se de passagem, são os únicos que podem jogar búzios.

O candomblé é uma religião com uma vasta cultura e rica em preceitos. São pouquíssimas as pessoas que realmente a conhecem a fundo. É necessário muita dedicação e anos de estudo para se chegar a um conhecimento profundo da religião. Seus preceitos são todos fundamentos e qualquer um pode se dedicar ao seu estudo e desfrutar seus benefícios. Existe muita energia positiva no candomblé, e o seu culto pode trazer paz e felicidade.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Magia das Velas



Desde tempos antiquíssimos as velas têm sido fonte de luz e símbolo de conforto para o homem. Por causa de sua primacial importância na vida diária, as velas acabaram rodeadas de mitos e lendas, fato que ilustra a alta estima em que foram tidas.

Imagine, se puder, a cena numa caverna pré-histórica. Úmida, escura e inóspita. O homem descobrira o fogo, mas logo percebeu que seu uso, num espaço confinado como fonte de luz, era limitado. Assim, no lugar da fogueira, usou gordura animal para produzir um bruxuleio que afastaria os demônios da noite. A vela fora inventada.

Simbolicamente, a luz sempre representou o poder do bem para a humanidade. Nos antigos Mistérios da Antiguidade Clássica, simbolizava a sabedoria, iluminação, conhecimento e realização espiritual. Em contraste, a escuridão significava ignorância, estupidez, maldade e a descida no materialismo. De fato, acreditava-se que toda pessoa continha dentro de si uma centelha de luz divina que poderia – por uma conduta correta na esfera moral – ser insuflada até tornar-se uma grande chama de grande espiritualidade.

Destarte, a alma imortal era associada à chama de uma vela, tremulando nas trevas do mundo. Uma brisa suave pode abafar esta luzinha lamentável, mas na quietude e tranqüilidade, a chama se erguia desafiante e forte. Como na vida, mesmo em meio às tribulações e tormentos, o espírito humano desafiava o assalto dos poderes ameaçadores das trevas.

De crenças sublimes como esta surgiu a prática de acender velas como arte mágica. Hoje, ficamos ressabiados coma palavra “mágica”, devido aos séculos de perseguição, que tornaram o termo sem significado para a maioria das pessoas. Alguns a igualam a truques ou a confundem com pactos demoníacos e outras bobagens. De fato, o termo “magia” deriva da raiz “magi”, que simplesmente significa “sábios”, e refere-se a uma antiga casta de sacerdotes da Pérsia. Um mago é simplesmente um homem sábio versado nas artes ocultas da natureza, que não são conhecidas, ou reconhecidas, pela maioria das outras pessoas. Uma arte mágica simples

Acender velas é a mais simples das artes mágicas, por empregar pouco ritual, poucos artefatos cerimoniais, e um linguajar facilmente compreensível a todos. Na magia das velas, o praticante não precisa saber 365 nomes de Deus, ou dominar línguas antigas como o hebraico ou o sânscrito, ou desenterrar mandrágoras sob a Lua Cheia. O “material” pode ser comprado em qualquer loja e o procedimento pode ser executado em qualquer sala ou quarto. Mesmo nos velhos tempos, quando a magia era quase exclusivamente província do velho erudito que sabia ler e escrever, a magia das velas continuava a arte oculta natural, praticada pela gente comum. 

Acender velas, por razões mágicas, não é difícil, mas pode-se dizer, sem muito temor de contradição que é tão poderoso em sua ação quanto as palavras de invocação, círculos triplos e pentagramas do mago que pratica as mais elevadas artes mágicas. Uma lição ainda por se aprendida por muitos, é que o ocultismo é basicamente um assunto simples, tornado complicado por ignorância e estupidez.

A maioria de nós já fez um primeiro ritual com velas, por volta dos três anos de idade. Lembra-se dos seus primeiros aniversários? Soprar as velas do bolo e fazer um pedido? Este costume da infância baseia-se em dois princípios mágicos muito importantes: a concentração e o uso de um símbolo para focalização. Em termos simples quer dizer que se você quer que algo aconteça, precisa primeiro se concentrar (soprar as velas) e então associar o seu desejo mágico ao ato simbólico de soprar as velas. A força de sua vontade faz o sonho realizar-se. Técnicas análogas são usadas na magia e no ritual das velas.

Diversamente de muitas formas da mais alta magia, não é preciso qualquer crença religiosa especial para o ritual das velas. Pode-se ser um sikh, cristão, budista, muçulmano, hindu, judeu, pagão, ou nenhuma das anteriores, porque, para o ritual das velas usa-se a própria vontade, o desejo e o poder da própria mente para obter resultados. Uma crença num Criador Supremo é, no entanto, pré-requisito, e falo que quem quer que seja que esteja lendo estas minhas palavras, pelo menos apoie alguma fé numa entidade. Sem esta fé, nenhum enfoque do ocultismo e assuntos psíquicos pode ser válido. 

Talvez fosse prudente acrescentar que isto não significa que não se possa categoricamente empregar ritual ou orações de qualquer religião na magia das velas. À medida que progredirmos no assunto, e eu começo a dar encantamentos práticos para o leitor, pode-se dizer que meu enfoque torna-se “religioso”, no sentido em que o leitor pode se achar invocando criaturas angelicais.

Neste ensinamento, referi-me aos “anjos” porque eles se acham em harmonia com todas cosmologias pessoais de qualquer pessoa, mas o leitor está livre para interpretar estas imagens nos termos de suas próprias crenças. Pode vê-los como deuses pagãos, personificações das forças naturais, santos, aspectos de sua própria alma, ou seja, lá o que for. Se se sentir assim inclinado pode descartá-los inteiramente, e chamar diretamente a Força da Vida, Deus ou nada. De fato, o conceito da hierarquia angelical corresponde a todas estas imagens diferentes e são meramente símbolos de focalização para o estudioso se concentrar neles e identificar-se com eles durante o ritual. Como já dissemos, a chave para o ritual é a concentração e em última instância é a mente do praticante que faz todo o trabalho!

Qualquer um que queime uma vela, por razões mágicas, procura liberar e usar a mente subconsciente. É uma das pedras fundamentais do ocultismo, que a mente está dividida em três níveis distintos: o consciente, o subconsciente e o supra consciente.

Sob circunstâncias normais, a mente consciente está ativa nas horas de vigília e controla as funções do corpo e as ações do indivíduo. Durante o sono, a mente subconsciente assume o comando, com o relaxamento do corpo e a mente consciente se refresca. Este período da atividade mental é usualmente caracterizado por sonhos, visões e, por vezes, pesadelos. Tudo isto emerge no subterrâneo do subconsciente, onde se escondem todas as numerosas imagens atávicas de nossa natureza animal. Em todas as ocasiões – despertos ou adormecidos – o supra consciente está ativo, mantendo os dois outros aspectos da mente integrados e sincronizados. Muito embora tenhamos consciência dos aspectos conscientes e subconscientes, raramente a pessoa se encontra “facea-face” com a mente supra consciente, ou o aspecto superior da própria identidade.

Quando se pratica a magia, o principal objetivo do mago é desviar-se da mente consciente – condicionada pelos padrões convencionais da personalidade – e tocar o subconsciente, que não reage a palavras, sendo um poderoso agente que, quando liberado do cativeiro e controlado, pode causar alterações nos padrões ambientais. É o nível do “sentimento” psíquico, e da telepatia, que uma vez liberado pode agir como o gênio da lâmpada, atraindo para seu amo as coisas que deseja. Se abusado, porém, pode acarretar um horrível retorno, destruindo seu ex-senhor.

Alguns ocultistas deixam de lado totalmente o subconsciente e procuram estabelecer contato com o seu “eu” superior, ou também chamado, em livros esotéricos, o “anjo da guarda”. Nem todos almejam tão alto, e nesta seção de ensinamento estau apenas considerando o contato com a mente subconsciente. Ao fazer isto, o praticante do ritual das velas pode manifestar seus desejos e anseios, ganhar o amor dos outros, curar os doentes, e garantir ajuda financeira e o progresso ao longo do caminho, rumo à perfeição psíquica e espiritual.

Uma palavra de prudência, a esta altura. Como todos os instrumentos das forças ocultas, a magia é uma espada de dois gumes. Use-a para um fim errado e os resultados de suas extravagâncias voltar-se-ão contra você. Seu feito será multiplicado em relação ao ímpeto original. Isto é reconhecido num antigo provérbio que diz que as pragas voltam três vezes mais fortes a quem as enviou. As pessoas que brincam com o oculto ou mágico costumam queimar os dedos antes de aprender a levar o assunto a sério. Uma lição aprendida desta maneira pode ser cruel, mas pelo menos deixa uma impressão que dificilmente será esquecida pelo insensato calouro.

Neste guia prática do ritual das velas, excluí quaisquer rituais, encantamentos ou procedimentos que possam causar esses males aos leitores. Minha confiança em sua inteligência, bom senso e princípios morais, leva-me a acreditar que não desejarão a magia das velas para fins puramente imorais ou malignos.



Preparação de sua magia



Que tipo de velas é usado para fins mágicos? O tamanho e o formato não são críticos. A maioria dos praticantes tenta reduzir todas as suas velas a um só tamanho e forma, se possível. Facilita a vida e é disto que a magia trata. Se você seguir o exemplo dos expertos, não cairá em erro.

Os livros de magia enfatizam o “novo”, e costuma-se ler sobre o mago vestido uma túnica de lã virgem ou escrever encantamentos em pergaminho virgem. Analogamente, na magia das velas, estas devem ser novas e não devem ter sido usadas para qualquer outro fim. Nunca, por exemplo, use uma vela que foi acesa numa mesa de refeições ou para iluminar um recinto. Há uma razão esotérica muito boa para esta insistência na virgindade do material usado para fins mágicos: as vibrações captadas de outras fontes cancelarão o efeito do objeto, no ritual mágico.

Alguns praticantes fazem suas próprias velas e este exercício é muito útil, pois não só impregna a vela com suas vibrações pessoais, como, também, o ato de confeccionar a vela faz com que a pessoa a impregne com seus pensamentos e desejos. A confecção de velas não é tão difícil quanto você pensa, e muitas lojas de artesanato vendem a cera e os moldes necessários a esta atividade. A cera quente (derrete a 82o C) é vertida num molde apropriado, no meio do qual se coloca um pavio, e então deixa-se esfriar, para solidificar. 

Perfume ou corante podem ser acrescidos à cera no processo de aquecimento e quando a cera estiver fria, o molde é removido, deixando uma vela completamente formada, Isto para super simplificar o processo, mas de fato é tudo que há de importante. Não só este esforço extra vale muito do ponto de vista mágico, como se desenvolvido, a confecção de velas pode evoluir num “hobby” muito lucrativo.

Tendo agora suas velas em mãos, o passo seguinte é determinar onde vai fazer seu ritual. Não é preciso um templo elabora – a menos que você já tenha um – e praticamente qualquer aposento é adequado para este fim.

O silêncio é essencial. Uma coisa é essencial, e essa coisa é o silêncio. A magia das velas requer concentração, e você não poderá se concentrar com o ruído de fundo perturbando seus pensamentos. Também se certifique de que o aposento seja bem ventilado e não esteja nem quente, nem frio. Estas precauções podem parecer tolas, mas se você precisar gastar uma hora ou mais fazendo seu trabalho mágico, um certo grau de conforto é necessário, se quiser atingir bons resultados. 

Não me alinho com a escola do “jejum e cilício”, que prescreve que para atingir alguma coisa no campo mágico, é preciso se sujeitar a torturas e desconfortos físicos. Tais práticas antinaturais nada têm a ver com o ocultismo genuíno. A roupa também não é muito importante, se o que estiver vestindo for folgado, limpo e confortável. Alguns ocultistas preferem vestir trajes rituais, simbolizando o “rompimento” com este mundo. Outros trabalham nus, mas, pessoalmente, a ideia de cera quente esparramando por todo lado sempre me faz conservar minhas roupas.

O incenso também pode ser queimado durante a queima das velas, para criar uma atmosfera propícia a ser um agente estimulante dos sentidos mentais e psíquicos. Pode-se combinar incenso e velas comprando ou fazendo cera com incenso. Em minha opinião, o incenso não é essencial à cerimônia, mas é um bom perfume para o ambiente de qualquer modo.

Uma das mais importantes etapas da queima das velas é a “oleada”. Uma razão para esta prática peculiar é difícil de descobrir, mas como tem sido ritual há séculos, poucos praticantes questionam sua validade. (De certa maneira, isto está errado, porque se não há razão lógica para um ato mágico, e desde que sua eliminação não afete os resultados finais, parece haver pouca razão para continuar um gesto obsoleto.).

Neste caso, parece que a idéia de olear a vela é forjar um elo psíquico entre ela e o mago por meio da importante experiência sensorial do tato. Só pelo tato o bebê em desenvolvimento aprende logo a se relacionar e a entender o mundo. Oleando fisicamente a vela, você está passando para ela, através de usas mãos, suas próprias vibrações, e tornando a vela uma extensão dos poderes de sua mente. 

Pois o propósito de olear a vela é visto como um magneto psíquico, tendo um pólo norte e um pólo sul. Ao untar a vela, o praticante deve esfregar o líquido a partir do topo, ou pólo norte, e dirigindo-se para baixo. Todo o tempo o óleo deve ser esfregado para baixo. Este processo depois é revertido, começando no pólo sul e dirigindo-se para cima.

Como o ritual das velas está um tanto descurado, o estudioso deverá confiar em óleos ou perfumes naturais para completar esta parte do ritual.

Alguns fornecedores de produtos mágicos poderão ter óleos especiais para velas. A maioria destes preparados é totalmente inútil e o estudioso deverá evitá-los e confiar em seu bom senso e criatividade para obter bons óleos.

Enquanto olear a vela, focalize a mente no propósito que tem em vista. Concentre-se nas razões para olear a vela, tente visualizar a concretização de seu sonho, seu desejo concedido e seu desejo cumprido. Fazendo tudo isto, estará subconscientemente projetando seus pensamentos pelo éter, e os pensamentos têm asas, e são entidades vivas. Construindo uma imagem astral do que quer, estará esboçando o esquema da realidade que encontrará por sua mentalização.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Orixás - Divindades Africanas

                      

A Palavra Orixá denomina Divindades Africanas




A palavra Orixá denomina divindades africanas e que são conhecidas como aquelas divindades intermediárias entre o poder de Deus e dos seres humanos. Eles foram criados com a finalidade de ajudar o povo da terra em sua caminhada evolutiva. Essa é que é a finalidade essencial dos Orixás e cada um deles representam forças da natureza. O que são essas forças da natureza?

São elementos que possibilitam a existência das pessoas na terra: uma planta, a agricultura, a água, o fogo, a vida, a saúde, a morte, tudo isso representa forças que a natureza oferece aos seres humanos e o africano denominou cada uma dessas forças com uma denominação: Xangô, Iemanjá, Iansã, Oxumarê, Oxum, Ossaim e assim por diante.

Contam as histórias que os Orixás tiveram vidas passadas, isso é verdade? Os estudos sobre os Orixás, não podem fugir da seguinte conotação, nós precisamos estudá-los religiosamente. mitologicamente e politicamente, porque muitas divindades desistiram de viver na terra.

No passado o povo africano, no interior daquelas selvas, sempre existia algum personagem, que se sobressaía com poderes naturais com certas percepções que os tornaram verdadeiros heróis, fundadores de cidades, grandes guerreiros, e essas pessoas, elas mereceram culto por parte daquele povo há 100, 500 anos atrás e era dessa forma que eles exerciam o princípio de culto a esses personagens. Personagens esses que tinham nome, tinham história.

Alguns Orixás viveram na terra, isto nos é revelado através de certos mitos que existem e que contam as histórias dos Orixás; as suas atividades guerreiras, as atividades amorosas e outras tantas, porque existem lendas e mitos e todo mito tem um fundo político, um fundo verdadeiro no mundo histórico e a lenda não é um folclore criado.

O rei de Oió, da terra de Xangô, ele é visto como descendente direto de Xangô. Todos os reis da cidade de Oió são vistos como descendentes direto de Xangô, daí verificamos que existe uma coisa interessante pois na África existe o culto ao Orixá familiar. Muitas pessoas daquelas famílias são feitas para aquele Orixá tutelar da família, então eles são vistos como personagens ligados, identificados com a família.

Esta questão de dizer que Orixá teve vida terrena e foi um egum é muito difícil falar isso, mas muita coisa revela isso exatamente e podemos verificar também que muitas tribos africanas criaram os seus heróis, os seus ancestrais divinizados e por que? Porque existem cidades que Xangô é muito conhecido, mas tem outras cidades que Xangô não é conhecido, ou ele é conhecido por outros nomes, e assim Iemanjá, e assim é Oxum e assim foram com outros Orixás.


Hoje com a divulgação literária, a coisa se confundiu um pouco, mas no início era exatamente assim, tinha cidade que não conhecia determinado Orixá. Existem palavras que para traduzir-se é muito difícil, já que se perdeu a sua essência de tradução. Muitos estudiosos acham que a palavra Ori - xá; significa obrigação na cabeça, só que a palavra Orixá, ela tem uma acentuação que não é idêntica para Ori e a palavra Xa não tem a ver com obrigação.

Agora existe um outro estudo que acha que a palavra Orixá vem de Orixê, ou seja, a essência do Ori, ou que seja todos os Orixás produziram aquilo que nós temos na nossa cabeça que é o Ori, então as outras interpretações, são interpretações pessoais, mas fazem realmente ao princípio de encontrar uma coisa verdadeira, então a palavra Orixá é muito difícil de traduzir em toda a sua essência.

domingo, 8 de abril de 2012

Sete Regras para Viver Feliz


 


SETE REGRAS PARA VIVER FELIZ





1. ADQUIRA O HÁBITO DA FELICIDADE. Sorria, intimamente e torne este sentimento parte de você mesmo. Crie um mundo feliz para si. Aguarde cada dia, mesmo quando algumas nuvens obscurecerem o sol, sempre encontra algo de bom.



2. DECLARE GUERRA A SENTIMENTOS NEGATIVOS. Não permita que aborrecimentos irreais o devorem. Se algum pensamento negativo lhe invadir o espírito, combata-o. Pergunte de si para si, porque você, que tem todo direito natural à felicidade, deve passar horas do dia em luta com o temor, o aborrecimento, o ódio. Ganhe a guerra contra esses flagelos insidiosos do Século XX.




3. REFORCE A IMAGEM DE SI PRÓPRIO. Veja-se como foi nos seus melhores momentos e dê a si próprio certa atenção. Imagine os tempos felizes e o orgulho que sentiu de si. Crie experiências futuras agradáveis; dê a si mesmo, crédito pelo que é. Deixe de bater na própria cabeça.




4. APRENDA A RIR. Às vezes, os adultos sorriem ou riem entre os dentes, mas nem todos riem realmente, isto é, risada verdadeira que dê a impressão de alivio e liberdade. O riso, quando genuíno purifica, faz parte do mecanismo do sucesso, lançando-o às vitórias da vida. Se você deixou de rir desde os 10 ou 40 anos, volte à escola do espírito e aprenda novamente o que nunca deveria ter esquecido.




5. DESENTERRE OS TESOUROS ESCONDIDOS. Não permita que as suas aptidões e os seus recursos morram dentro de si; dê-lhes uma oportunidade para se submeterem às provas da vida.




6. AJUDE O PRÓXIMO. Dar aos seus semelhantes poderá ser a experiência mais compensadora da sua vida. Não seja cínico; compreenda que muitas pessoas que parecem desagradáveis ou hostis estão usando fachada que acham capaz de protegê-las contra outros. Se der ao próximo, ficará admirado na reação grata, pelo reconhecimento que terão. Pessoas que parecem duras são, na realidade gentis e vulneráveis. Você sentir-se-á satisfeito quando der sem pensar em proveito para si.




7. PROCURE ATIVIDADES QUE O TORNEM FELIZ. A natação, o tênis, o vôlei ? Pintar, cantar, coser? Não posso dizer-lhe. Você mesmo terá de escolher. Mas a vida é feliz, se fizer o que lhe agrada.