Zangbeto
Zangbeto é um Culto do povo Badagry, sendo altamente respeitado pelos membros da sua comunidade - Os "Guardiões da Noite ( Policiais Vodoo no Benin)", são espíritos que gostam de dançar e falar sob folhas de palmeira (ráfia).
Desaparecem e reaparecem à sua vontade e giram trazendo boa sorte. Conta à legenda, que Zangbetos inicialmente eram os guardas noturnos na cidade de Hogbonou, Benin. Sua roupa exterior é feita das folhas da palma arranjadas em camadas, e coberta por fora com uma espécie de chapéu. E eram eles os responsáveis pela segurança noturna das vilas e aldeias, mantendo afastados os ladrões e malfeitores. Nesse sentido, podemos notar alguma semelhança com o termo Olopá ( que além de Senhor da Roupa, também significa Policial).
Hoje os Grupos locais de Zangbeto realizam competições, no sentido de ver os melhores pés de dança e magia durante todo Benin e Togo.
Sua aparição publica é acompanhada de alguns instrumentos musicais, dentre eles há uma espécie de sino duplo denominado "Gankeke", os Zangbeto utilizam também o Gangbo. Quanto ao ritmo produzido, denomina-se Gangbo, possuindo este nome, devido ao instrumento "gangbo" do qual lhe emprestaram o nome.
Hoje o Zangbeto ainda aparece em ocasiões especiais ou quando existe uma situação de urgência na comunidade. No ritual público de dança, percebe-se uma frenética rotação, em seguida, sentam-se na terra e ficam quietos, quando então os membros do grupo, batem neles com as suas varas rituais, e são entoadas orins pela comunidade Zangbeto.
Nesse momento, alguém vira a roupagem ritual, e mostram a todos que seu interior se encontra completamente vazio, pois a energia que lhe deu vida bem como o movimento já partiu. Mas sempre que o faz, deixa um pequeno boneco Zangbeto para trás como lembrança de sua estadia. O mais interessante ainda, é que de repente, alguém do grupo bate de novo com a vara ritual, a energia do Zangbeto retorna, e ele se faz novamente presente para a comunidade. À um costume em alguns locais de se incinerar estas roupas rituais após as apresentações.
O culto de Zangbeto encontra-se, presentemente, espalhado por todo o Sul do Benim. Zan significa noite. Zangbeto é, de fato, um espírito noturno. No meio da escuridão, o mascarado sai do seu convento, semeando terror à sua volta. Vai a casa dos ladrões, dos adúlteros, dos caloteiros, impondo-lhes que ponham cobro às suas safadezas. As suas formas parecem ter sido estudadas para meterem medo: Zangbeto é uma grande máscara coberta de palha colorida da cabeça aos pés, dando saltos acrobáticos e emitindo sons guturais.
A sua origem é mítica. Diz-se que três irmãos andavam em guerra entre si; os dois mais velhos opunham-se ao mais jovem; este, na noite antes da derradeira batalha, teve um sonho: uma figura sobrenatural aconselhou-o a cobrir-se de palha e, com os seus homens, correr de encontro aos inimigos, fazendo-lhes acreditar que eram fantasmas. O embuste funcionou, os irmãos fugiram e o jovem ficou senhor do reino. A máscara de Zangbeto é um tributo a essa vitória e, como tal, se tornou objeto de veneração.
As apresentações públicas dos Zangbeto têm por finalidade a purificação do povo, o afugentamento dos males para longe e o pedido de proteção. Prova disso são os prodígios que ele efetua durante as danças, como, por exemplo: homens esmigalham garrafas de cerveja e engolem os pedacinhos juntamente com o líquido sem ter qualquer corte; outros lambem uma barra de fero em brasa sem se queimarem e há mesmo quem espete plantas espinhosas no peito sem derramar uma gota de sangue.
Muito doido
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